terça-feira, 8 de junho de 2010

não que eu tenha mudado efetivamente de blog, mas as coisas por lá andam:  http://www.cilindrocinico.blogspot.com/

Deixo por aqui o que foi

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Amanhã lanço meu livro na Casa Amarela, em Guarapuava.
Eu vim parar por aqui meio sem querer, meio sem saber, mas difnitivamente é bom lançar um livro aqui, longe de tudo o que me mantinha.
O livro não é nenhuma sacada genial que fuja desses meus posts. O esboço do livro começou aqui, no blog.Mas é um livro, definitivamente.

O livro estará,em breve, disponível em http://www.editoramultifoco.com.br por $30. Pode ser comprado,também, comigo keissycarvelli@gmail.com .

terça-feira, 6 de abril de 2010


Preciso me acalmar. Tenho essa mania que já era da minha avó, e da minha mãe e que eu não suporto de antecipação. Se vou trabalhar um pouco mais cedo amanhã penso que talvez eu acorde  ou eu durma até mais tarde e faça as unhas e quem sabe faça frango no almoço e tem chocolate a roupa pra lavar e o guarda roupas pra comprar e preciso escrever algo que valha e pensar no lançamento do livro e numa forma de ganhar dinheiro e numa forma de dizer para minha chefe que e preciso fingir que não me importo e que está tudo bem tudo se acerta e que.
Esquizofrenia, tarja preta, LSD, em gotas, três dúzias, duas doses, a prazo longo, ferve a planta, vira de cabeça pra baixo, abre a janela, troca o tapete, desarruma a sala, apaga a tv, liga o rádio, panela de pressão, puxa o pino pra fumaça sair.
Essa mania de ser como minha avó e minha mãe e de fumar feito meu pai e de não me acalmar. Tenho pressa de me acabar antes que qualquer um. Ninguém vai ser trouxa de querer me acompanhar.

segunda-feira, 22 de março de 2010


Nada de meu que lhe entreguei quero de volta. Não se pode querer o que foi entregue. Toalhas, cartões, canções, amores, detalhes, tanto faz. Foi entregue tudo desde o primeiro tocar dos lábios ao som de um rock qualquer numa tarde nem cinza nem azul. Uma tarde. Não é preciso nada além de uma tarde, ou uma noite, um minuto, um beijo, uma letra.
Do verde dos meus olhos ao escuro das minhas ideias tudo foi entregue a você. Dizer onde guardar, como lembrar, como se desfazer nunca foi minha vontade, será menos agora. Minha vontade era você, eu e você.
Dos detalhes seus dados a mim faço o que sentir. Rasgo, queimo, choro, escrevo, escondo, canto, tanto faz. Entregou-me tudo desde o primeiro tocar de lábios. O beijo é uma entrega.
Ouça um blues após dois ou três amores, goze no escuro em silêncio sussurrado no quarto ou quinto sexo. Brinque nas linhas de um livro no mês seguinte, na semana anterior, na próxima vida. Pode não lembrar os traços do meu rosto, o gosto da minha boca, o tom do meu gemido. Sentirá que aconteceu, algo aconteceu. Memórias, memórias são lembradas em outras mais distantes.
Entreguei-me a uma garrafa de conhaque, duas de café, um maço de cigarros dividido, uma ponta discutida. Não procurei esquecer. Se durmo não esqueço, meus sonhos são sonhados para não esquecer. Amores amados para serem esquecidos não são contados, tampouco escritos.
Se tudo calhar a sumir, desaparecer na fumaça de outras paixões, de outros sexos e lábios e fotos e camas e cinzas e azuis e pontas ainda terei uma história. Aqui.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010


Eu coloco minhas mãos, meu coração no fogo e vou queimando, queimando. Resto em pó, fico apenas em pó. Vou deixar a ponta, vou me ter em ponta.  

Quando me trouxe a calmaria de felicidade instantânea me levou a inspiração ofegante. Já me habituava. Arrancou-me a felicidade, estraçalhou a calmaria fazendo surgir a inspiração. Vai ficar tudo bem, tudo bem.
Vou ficar em frangalhos, tudo bem.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


Meu corpo está em tremor. Quase me lembro da última vez em que fiquei assim, em que perdi a fome, o chão. É besteira, eu sei, dos fins eu já tanto falei, chorei, desesperei.
Todos tão parecidos, todos me diferenciando tanto.
Posso perder a fome, o chão, pouco importa. Não me deixe perder você e só.